Aos ídolos de si mesmos

21/12/2013 15:02

 

 

“João testificou dele, e clamou, dizendo:

Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim

é antes de mim, porque foi primeiro do que eu”

(João 1:15)



O ministério de João Batista é um modelo para minha vida. Eu fico imaginando o que devia se passar na cabeça deste notável homem. Ele vivia um alto padrão de pureza e de santificação, a ponto de ser ouvido e crido por todas as pessoas a sua volta. Era tão popular e respeitado que até Herodes o temia. Era considerado um profeta pelo povo e sua palavra nutria de uma credibilidade única naquela época.
 


Ele poderia ter se envaidecido e sucumbido ao erro de pensar que era alguém. Poderia (como tantos em nossos dias) ter aceitado a proposta de se tornar “uma celebridade da fé”, mas ele dizia: “o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu”. Ele não tirou os olhos em momento nenhum de que Jesus estava acima dEle.” 

 

Há alguns dias eu lia sobre premiações milionárias, entregues em festivais para cantores evangélicos e tudo isso espetaculizado pela mídia televisiva (a mesma que ataca a fé cristã com programações recheadas de pornografia, homossexualismo, feitiçarias e preconceito ao evangelicalismo) como uma oferta de louvor à vaidade e à fútil arrogância humana. Também ouvimos falar de disputas pelo comando de convenções denominacionais (algo que a igreja original de Jesus sequer ouviu falar) e métodos nada cristãos para se alcançar essas posições. Tomamos igual conhecimento da multiplicação dos títulos ministeriais cada vez mais nobres e a banalização da função apostólica, já que hoje em cada fundo de quintal parece existir um “apóstolo”.

 

Vaidade, arrogância, ambição e egocentrismo. O bezerro de ouro no altar no próprio coração. O deus “eu” usurpando o lugar do Deus Todo Poderoso.

 

Não importa o quanto seus talentos brilhem, pouco interessa o quanto você seja ou se julga competente naquilo que faz. Sua bela voz, sua refinada retórica, sua empolgante oratória, sua impactante presença, seus encantos pessoais - são inutilidades quando desprovidas da autêntica unção de Deus.

 

O verdadeiro brilho está em Cristo e você não é nada sem Ele ao seu lado.

Deus nos abençoe e livre da idolatria. Não apenas daquela que se curva ante a madeira ou o gesso, mas, sobretudo, daquela que se prostra para si mesma!