BÍBLIA. SUA NATUREZA DIVINA E CREDIBILIDADE

16/03/2014 01:31

 

 

 

JEZIEL DE ASSIS – RECIFE (PE)

 

Pr. Reinaldo recentemente eu assisti alguns documentário na tv a cabo que me deixaram muito confuso. Neles alguns estudiosos mostraram o que seriam provas de erros na Bíblia e em alguns casos até afirmavam que havia provas de fraudes na sua escrita. Eu sou evangélico e a Bíblia é tudo pra mim. Como posso sustentar minha fé  se a Bíblia não for realmente a Palavra de Deus?

 

OLGA DA ROSA LIMA – BELÉM (PA)

 

Olá Reinaldo. Tem sido uma tendência no mundo moderno, inclusive dentro da igreja, católica ou protestante, reconhecer que a Bíblia contém diversos erros, atribuindo a ela aspectos culturais de época que já não se aplicam à nossa. Também tem fica claro que a Bíblia foi muito mais obra de homens do que obra de Deus como dizem os antigos. O que você me diz sobre isso?

 

DALIANA MIRNA VASTRUCCI – BELO HORIZONTE (MG)

 

Como agnóstica eu me sinto muito feliz com o despertamento do mundo para os mitos da bíblia e do cristianismo. Enquanto o mundo esteve preso à ideia de que a bíblia era a palavra de Deus muitos crimes contra a humanidade foram cometidos até por causa disso. Hoje, a ciência vem demonstrando que a bíblia é tanto palavra de Deus quanto um livrinho de palavras cruzadas que vende nas bancas. Viva o fim do mito da bíblia!!!

 

DANTE CHAVES LOROSA – PALMAS (TO)

 

Amigo Reinaldo eu nunca vi tamanha crise bíblica como essa de nossa época. Do lado de fora da igreja movimentos, cientistas, todos parecem ter se unido para descredibilizar a Bíblia. E dentro da igreja nunca se viu tanto abandono à Bíblia. Como provar ao mundo e ao próprio povo de Deus que a Bíblia é confiável e que ela é realmente a Palavra de Deus? Como responder aos ataques daqueles que pensam diferente?

 

 

RESPONDENDO AOS NOSSOS LEITORES

 

 

Obrigado queridos Dante, Daliana, Olga e Jeziel. Eu selecionei suas perguntas para  representar mais de uma centena de outras que me chegaram e que expressam ou oposição à Bíblia ou perplexidade pelos ataques que a Palavra de Deus vem sofrendo nesses últimos dias. É importante dizer que tal declínio moral e espiritual que leva o homem a se insurgir contra as Escrituras era algo já esperado pela teologia cristã e confirmado pelas próprias Escrituras. Igualmente importante é assegurar que temos argumentos fortes e plausíveis para combater toda heresia que se arremete nessa direção. Sendo que este é o nosso propósito hoje aqui.

 

A Bíblia é única. Não existe livro no mundo como ela. Ela cobre um período de 1.600 anos (de 1500 a.C. até 100 d.C.) e foi escrita por 40 homens diferentes de todas as condições de vida. Alguns eram reis, sacerdotes e profetas; outros eram simples pescadores e agricultores. Alguns possuíam alto grau de educação formal, como Moisés e o apóstolo Paulo; outros não tinham nenhuma educação formal.

 

Mais de 3.000 vezes, esses homens afirmaram que o que escreviam vinha diretamente de Deus (Moisés: Êx 17.14; Êx 24.4; Êx 34.27; Paulo: 1Co 14.37; Pedro: 2Pe 1.16-21; João 1Jo 4.6). Tão completamente impossíveis quanto possam parecer estes fatos, os registros falam por si mesmos.

 

Jesus declarou que o Antigo Testamento é a Palavra de Deus (Mt 5.17-18; Mt 24.15; Lc 24.44; Jo 10.35). Ele confirmou as autorias de Moisés, do rei Davi, e dos profetas Isaías e Daniel. Ele validou a verdade de eventos históricos, tais como a criação de Adão e Eva por Deus, Noé e o Dilúvio universal, a destruição de Sodoma e Gomorra, e Jonas sendo engolido por um grande peixe.

 

Quando tentado pelo Diabo, Ele não respondeu com Suas próprias palavras de sabedoria, mas contrapôs cada tentação com um “Está escrito”, seguido por citações das Escrituras hebraicas (Mt 4.4,7,10).

 

Em Lucas 4.25-27, Jesus confirmou os milagres divinos registrados na Bíblia hebraica e, relativamente à revelação do Antigo Testamento, Ele afirmou: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mt 5.18). Em outras palavras, Jesus afirmou a inspiração, a infalibilidade e a exatidão das Escrituras hebraicas.

 

Os livros do Antigo Testamento foram canonizados no decorrer da história de Israel e divididos em três seções: o Pentateuco (os cinco Livros de Moisés), os Profetas, e os Escritos. Jesus aceitou essas três divisões e os livros nelas contidos como a Palavra de Deus (Lc 24.44); e Ele ensinou a autoridade, a confiabilidade, a unidade, a clareza, a suficiência, a historicidade, a inspiração, a revelação, a inerrância, a infalibilidade, e a indestrutibilidade do Antigo Testamento.

 

Uma maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é analisar as profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos preditos pelos profetas é enorme, e os próprios eventos são tão específicos que só poderiam ter sido conhecidos e revelados por Deus.

 

Diferentemente dos profetas autoproclamados (todos falsos) de ontem e de hoje, tais como Nostradamus e outros de igual estirpe, Jesus e os profetas bíblicos não mascatearam predições tão vagas e gerais que podem se ajustar a qualquer situação. As profecias registradas na Bíblia são muito precisas e tão específicas que, quando cumpridas, fica muito claro que existe algo único e especial sobre elas. (...) Mais de um quarto da Bíblia foi profético no momento em que foi escrito. A Bíblia é um livro de profecias. Ela contém cerca de 1.000 profecias, das quais cerca de 500 já foram cumpridas em seus mais ínfimos detalhes. Com este tipo de registros provados – 500 profecias cumpridas com 100% de exatidão – podemos crer com confiança que as restantes 500 profecias ainda por serem cumpridas também o serão, em seu devido tempo. A profecia é a prova mais digna de crédito com relação à singularidade e inspiração divina da Bíblia. Profecias cumpridas também demonstram que o conteúdo da Bíblia não é obra das mãos de homens, mas, pelo contrário, tem suas origens fora de nosso próprio contexto de tempo e espaço.

 

Na Bíblia constatamos que 25 escritores judeus forneceram profecias na língua hebraica apresentando detalhes da vida e do ministério do Messias. O Messias é a única Pessoa na história cujos ancestrais, nascimento, caráter, ensino, carreira, recepção, rejeição, morte, sepultamento e ressurreição foram descritos previamente, registrados pelo menos 500 anos antes de Seu nascimento. Jesus Cristo se encaixa claramente em todas as profecias, inclusive naquelas que previram o local do nascimento do Messias (Mq 5.2; Mt 2.1), a maneira de Sua morte (Is 53.8; Lc 23.46) e Sua ressurreição (Sl 16.10; At 2.29-32).

 

Existem também inúmeras profecias relacionadas à ruína de Israel (Dt 28.15-68) e à sua restauração (Ez 36.25-37.28). Algumas já foram cumpridas e outras serão realizadas.

 

Como você sabe que a Bíblia que nós temos hoje é a Palavra de Deus?

 

Uma maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é analisar as profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos preditos pelos profetas é enorme, e os próprios eventos são tão específicos que só poderiam ter sido conhecidos e revelados por Deus.

 

Primeiro, os escribas judeus foram meticulosos em copiarem o texto hebraico e contavam cada letra que escreviam. Se um erro fosse cometido, o texto não era corrigido, mas imediatamente descartado. A nação de Israel colecionou e preservou com exatidão os manuscritos da Lei de Moisés e dos Profetas através dos séculos (Dt 31.26; 1Sm 10.25; 2Rs 23.24; Ne 9.14,26-30; Dn 9.2,6,13).

 

Segundo, os Manuscritos do Mar Morto proporcionaram evidências desta extraordinária preservação. Por exemplo, o Livro de Isaías – descoberto em sua inteireza dentro dos antigos Manuscritos do Mar Morto, que datam de 125 a.C. a 100 a.C. – contém o mesmo texto de Isaías que possuímos em nossa Bíblia hoje.

 

O mesmo pode ser dito a respeito da inspiração e da infalibilidade do Novo Testamento, que foi escrito depois que Jesus ascendeu aos céus. Jesus disse que o Espírito Santo guiaria os apóstolos para escreverem o conteúdo do Novo Testamento (Jo 14.25-26). O Espírito Santo supervisionou a revelação que os apóstolos escreveram, fornecendo o conteúdo e garantindo a precisão do Novo Testamento.

 

Como cada livro foi selecionado para fazer parte do cânon do Novo Testamento?

 

Havia pelo menos quatro questões básicas que tinham que ser respondidas com um “sim”:

  1. Foi escrito por um apóstolo, ou o escritor tinha relacionamento chegado a um apóstolo, como Marcos e Lucas?
  2. O conteúdo era de alto caráter espiritual, que merecesse estar incluído entre os outros livros escritos pelos apóstolos?
  3. A Igreja universalmente aceitava o livro?
  4. O livro trazia evidências internas de ser inspirado?

 

E o que dizer dos textos variantes no Novo Testamento?

 

Quando uma comparação dos textos variantes do Novo Testamento é feita com alguns dos outros livros que sobreviveram desde a Antiguidade, os resultados são impressionantes. À luz do fato de que há mais de 5.000 manuscritos gregos, cerca de 9.000 versões e traduções, a evidência em favor da integridade do Novo Testamento está mais que comprovada. Assim, o Novo Testamento não tem apenas sobrevivido em mais manuscritos do que qualquer outro livro da Antiguidade, como também tem sobrevivido de uma forma muito mais pura do que quaisquer outros grandes livros, sejam eles obras sacras ou não, uma forma que é mais do que 99% pura.

 

Com o passar dos séculos, tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento têm sido submetidos a extensas análises microscópicas realizadas por renomados cientistas, que se especializaram em história bíblica, literatura, gramática e arqueologia. Embora alguns críticos textuais tenham apontado o que eles consideram discrepâncias, erros e contradições na Bíblia, séculos de análises criteriosas nunca provaram conclusivamente que o texto bíblico esteja errado. Embora os textos variantes existam entre as cópias, eles são de pouca importância e se relacionam à ortografia e à ordem de palavras. Eles não afetam a doutrina principal das Escrituras.

 

Ter 40 autores diferentes, durante um período de 1.600 anos, que escreveram um livro unificado, sem erro nem contradição, é fato único tanto na história antiga quanto na história moderna.

 

A Bíblia é única em sua história, mensagem, universalidade, influência, profecias cumpridas, preservação, poder de transformar vidas, e testemunho em toda a história. A supervisão e a preservação providencial de Deus nos dá segurança de que hoje possuímos a Palavra de Deus verbal, inerrante e infalível. Ela permanece única como o Livro mais singular de todos os tempos. E assim permanecerá para sempre

 

Portanto, respeitamos e oramos por aqueles que discordam da inspiração Divina bíblica e os mantemos onde sempre estiveram: no rol dos equívocos. E a todo povo de Deus espalhado pelo mundo a quem essa mensagem está alcançando, deixamos uma palavra de incentivo e ânimo para que prossigam crendo, pregando e pautando suas vidas nas diretrizes sagradas da Bíblia, que é a única e definitiva revelação de Deus que o mundo possui para o seu próprio bem.

 

Que o Senhor nos abençoe, perdoe e guarde!