Contribuir. Um privilégio em crise.

31/03/2014 01:07

 

 

“Levanta-te, vai a Serepta de Sidon, e habita ali.

Ordenei a uma mulher viúva ali que te sustente.”

(I Reis 17.9)

 

 

Vivemos dias de extremas dificuldades para a manutenção da Obra de Deus. O efeito devastador dos atos inescrupulosos do falso apostolado vem corroendo a credibilidade da Igreja de Cristo perante a sociedade e até mesmo perante os fiéis. Esse absurdo chegou numa tal proporção que vivemos dias em que a identificação de pastor evangélico já vem associada à suspeita de improbidade e lucro indevido. Por conta do mau exemplo dos lobos, os verdadeiros obreiros de Deus (que são a maioria) sofrem os efeitos desse descrédito e assim a pregação do evangelho sofre, pois muitos que outrora investiam deliberadamente na Seara do Senhor, agora retém sua oferta, por medo ou convicção de que estejam apoiando uma fraude.

 

 

Por mais que a existência de impostores corruptos no ministério seja uma inegável verdade, a Obra de Deus não pode sofrer recuo de investimentos, pois a presença do joio em meio ao trigo tem justamente como objetivo estancar toda fonte de recursos que propicie o avanço do evangelho. O sustento da Obra de Deus é um princípio permanente e sua origem procede de Deus, como claramente nos ensina o exemplo da viúva de Serepta.

 

 

A história da viúva de Serepta também é em parte nossa própria história. Ela não foi chamada para pregar, para curar ou para profetizar. Ela foi chamada para sustentar. Sustentar o ministério de Deus através do profeta, sustentar Sua obra, Sua causa. Isso também é um chamado Divino.

 

 

O que ela fez por Elias não foi fruto do acaso, foi fruto da determinação  divina. Embora ela mesma ignorasse, não estava sendo movida por obrigação, nem mesmo por compaixão. O que ela fez foi motivado pelo decreto de Deus: “...Ordenei a uma mulher viúva ali que te sustente.” ( I Reis 17:9)

 

 

O propósito de Deus não incluía apenas o profeta, mas incluía o sustentador do profeta. O Deus que levantou Elias também levantou a viúva. O Deus que ordenou a ele que profetizasse e proclamasse Sua Palavra, ordenou a essa viúva que fosse a provedora da Sua Obra. Os propósitos de Deus não incluem apenas a Obra de Deus, mas incluem também você, chamado para ser o(a) sustentador(a) dessa Obra. Deus é o Deus que cuida de tudo. Cada um tem sua função, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos (I Coríntios 12.6).

 

 

Entretanto, essa determinação divina trás também a capacitação divina. Se aquela viúva haveria de suprir Elias ela somente o faria porque Deus a supriria também. O Deus que ordena é o Deus que capacita. Suprimos porque somos supridos por Ele, ajudamos por que fomos ajudados, agimos porque Ele opera em nós. Nossa capacidade vem de Deus (II Coríntios 3.5), inclusive a capacidade de ajudar  financeiramente.

 

 

As ordenanças divinas também trazem consigo a bênção. Seus mandamentos são um privilégio, pois bem-aventurado é aquele que obedece. A obediência produz a bênção. “Asseguro-lhes que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, (…) Contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, senão a uma viúva de Sarepta, na região de Sidom.” (Lucas 4.25, 26).

 

 

É importante que saibamos discernir a autenticidade em meio à farsa, como também é muito importante que tenhamos a visão espiritual de perceber o plano infernal de reduzir os meios que possam suprir e desenvolver a pregação do evangelho. Sendo assim, deixar de contribuir com a Obra de Deus é tornar-se cúmplice desse propósito astuto do inimigo.

 

 

Por outro lado, muito mais importante é saber reconhecer o privilégio que consiste fazer parte desta Obra. Uns vão, outros oram e há também os que contribuem. Ambos são missionários.

 

 

Há muitas pessoas nesse mundo que talvez tenham mais do que você. Entretanto, se você foi escolhido(a) para ser sustentador(a) da Obra do Senhor, não se esquive e aproveite esse privilégio. Obedeça, testemunhe os frutos sublimes que serão gerados e contemple a bênção do Senhor sobre a sua vida.