Pecados cobertos: uma benção possível!

06/11/2013 00:47

 

 

“Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros,

porque o amor cobre multidão de pecados”

(I Pedro 4:8).

 

No meio de várias instruções práticas, o Apóstolo Pedro disse essas impactantes palavras que lemos acima. 

 

Como, porém, seria possível ao amor cobrir uma multidão de pecados? Outros textos esclarecem o sentido.

 

Na ausência do amor, pessoas de mente carnal podem alimentar pensamentos errados e criar conflitos desnecessários. O amor, porém, não age de uma maneira que provoque os outros a pecarem. “O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões” (Provérbios 10:12). Paulo condenou como obras da carne os pecados de “discórdias, dissensões e facções” (Gálatas 5:20).

 

O sentido em que o amor cobre os pecados vai além da sua prevenção. A palavra “cobrir”, em outros versículos, claramente envolve o perdão. Davi disse: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade, e em cujo espírito não há dolo” (Salmo 32:1-2).

 

Quando alguém nos ofende e, depois, se mostra arrependido, devemos perdoar (veja o ensinamento de Jesus sobre o perdão em Mateus 18:21-35).

 

Mesmo quando não somos pessoalmente prejudicados pelo pecado alheio, ainda assim devemos amar de uma maneira que ajude aquela pessoa alcançar o perdão dos seus pecados. Tiago explicou bem o nosso papel em ajudar o irmão que cai espiritualmente: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5:19-20). Muitas vezes me pergunto a que espírito pertencem aqueles que mostram uma contida euforia diante da notícia de tropeços por parte de alguns líderes na fé. O evangelho que pregamos não estimula tamanha leviandade.

 

Jesus amou os pecadores a tal ponto, que lhes ofereceu a solução para o seu pecado. Ele morreu na cruz e convidou todos a receberem o benefício daquele sacrifício por meio da fé obediente (Marcos 16:16; Atos 2:38). Nós não podemos e não precisamos morrer como sacrifícios pelos pecados dos outros, mas ainda temos um papel na salvação dos pecadores – a pregação do evangelho que leva à salvação (Romanos 1:15-16; II Timóteo 2:2).

 

O Apóstolo Tiago, irmão do Senhor, falou sobre a necessidade de convertermos o irmão que volta ao pecado. Pedro falou para Simão que ele precisava se arrepender e rogar ao Senhor, pedindo perdão (Atos 8:20-23). Paulo disse que devemos corrigir o irmão que tropeça, agindo com humildade para salvá-lo (Gálatas 6:1). Judas falou da compaixão que age com urgência, para arrebatar do fogo o pecador contaminado (Judas 22-23).

 

Portanto, entendemos pela Palavra que o amor ajuda o pecador a receber o perdão de Deus, e assim cobre multidão de pecados.