"As ofertas"

Tens perante teu olhar e coração menu de ofertas incontornáveis

Que à primeira vista são agradáveis, mas que talvez ocultem riscos 

Pequenos ciscos que comprometem imagens nítidas e aceitáveis

Que como lobos vorazes, não poupam novilhos fora dos apriscos!

Que pode ser a sanha por sucesso ou estrelismo e badalação

Que dão ao ego asas sem limitação e um horizonte ignorante de rédea

Qual régua mentirosa que mede sem lisura e precisão

Vendendo a ilusão da falsa elevação, que na verdade é queda!

Talvez se manifeste como um teste de uma fé incoerente

Cuja inocência aparente possa esconder abismos de manipulação

Fé de errônea direção, num deus fantasioso e inexistente

Que mata por sua verdade que mente, inferno travestido de religião!

Talvez se dê em nome da paixão que nos convença da irrealidade

Matando a lealdade, zombando da virtude sob o massacre familiar

Que no seu limiar jamais expressa o mal de sua profundidade

Que do prazer conduz à insanidade - num falso amor de engodo singular!

Ou mesmo em seu cardápio talvez se ache o banquete da ambição

Propondo a sofreguidão que impõe as jaulas da cobiça com cinismo

Como o sofismo que esconde no dinheiro sua destruidora vocação

E que empobrece o coração, matando toda inclinação ao altruísmo!

Mas das ofertas sempre há o que se possa e deva admitir

Desde que possamos claramente concluir na eterna Bíblia sua base

Que tua alma não se enlace do que lhe é oferecido com o fim de a destruir

Pra que a Jesus venhamos aderir com nosso ser total - e não o quase!