Bem vindo seja o cálice

02/12/2013 01:38

 

 

“Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice;

todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.”

(Lucas 22:42)



Jesus sabia que a hora do Seu sacrifício havia chegado. E só Ele sabia a profundidade do sofrimento que iria experimentar. Entretanto, no Monte das Oliveiras, orou: “Pai, se queres, afasta de Mim este cálice; contudo, não seja feita a Minha vontade, mas a Tua” (Lucas 22:42).

 

Há muitas lições por trás dessa rica passagem, mas me ocorre de um modo especial a postura adotada pelo Senhor de não fugir do cálice que o aguardava, nem de repreender sua chegada ou muito menos de determinar seu fim. Somente Deus é soberano a ponto de tal coisa e Sua decisão foi cumprir a vontade do Pai.



O “Deus dos impossíveis” nunca contrariou Seus próprios desígnios eternos. Desde “antes da criação do mundo” Deus nos escolheu para sermos Seus filhos adotivos. E, para que isso acontecesse, o Senhor já havia planejado a morte e a ressurreição de Jesus, o Cristo (Efésios 1:4-7). Por causa disso, Deus não afastou o “cálice” de Jesus. A vontade Dele se fez!



Vivemos hoje, todavia, um cristianismo “segundo a minha vontade”, “de acordo com meus interesses e minhas necessidades”. Achamos que basta orar com insistência e isto “obrigará” o Senhor a fazer a nossa vontade. Jesus nunca faria este tipo de oração. Seu pedido, com lágrimas e suor de sangue, foi “contudo, não seja feita a Minha vontade, mas a Tua”.

 

Esta oração continua escandalizando os membros de igrejas que acreditam em troca de favores: “do meu lado eu dou meu dízimo e pratico rituais”, do lado do Senhor, eu recebo a garantia da prosperidade e do seguro contra as tribulações.

 

São estes os que comem pelas mãos de falsos apóstolos que lhes ensinam a mentirosa arte de determinar o próprio destino. Disseminam em suas consciências vazias a heresia de que podem exercer autoridade sobre o tempo e os acontecimentos, que podem “profetizar a bênçãos” e isso será suficiente para que seus interesses de materializem. Esse é o evangelho da novidade, no namoro com o mundo, da glorificação do homem – mas nunca o evangelho de Cristo.

 

 

Cristãos de verdade devem decidir se vão ou não seguir o exemplo de Cristo. No caso de seguir o Senhor, certamente experimentarão cálices inevitáveis, que não poderão ser afastados por supostos poderes espirituais e que devem ser aceitos com fé e humildade.