"Dor muda"

26/09/2012 01:13

 

Dói de amor meu coração que não te pode amar

Doido de vontade de gritar, mudo pela força dessa imposição

Que se contorce ao som de uma canção que vem tua feição lhe relembrar

Que até no além queria estar se lá pudesse conquistar tua paixão! 

 

Ferido e iludido por um gesto teu que não faz jus à sua interpretação

Posto que a miragem da ilusão não vence a resposta da indiferença

Matando a crença e asfixiando a mentira da verdade em ação

Tirando o ar da imaginação, cujos pulmões são da razão sua demência!

 

Morro todos os dias após minúsculos segundos em que por ti sou visto

Qual ínfimo cisto errante no universo passo a sentir que novamente sou

Pois quando teu silêncio me falou que em teu pensar nem sou rabisco

Eu me confisco para voltar ao mesmo e antigo sonho que te desenhou!

 

No qual queria ser eterno cidadão e um viajante a caminhar

Podendo correr, gritar, falar e inclusive desfrutar desse absurdo

Queria ter acesso ao tudo que teu nada achou por bem me sonegar

Queria apenas te amar e ver meu coração a festejar, em vez de mudo!

 
Reinaldo Ribeiro

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