"Eu transpiro amor"

26/10/2012 10:40

 

 

Eu não quero ser apenas um novo dígito matemático, quero ser livro e não ser página

Quero te oferecer o que a esperança nunca pôde imaginar e sair vencedor dessa batalha por teu coração

Eu que já fui audaz gladiador, agora sou o veredicto dessa sentença  que me esmigalha

Pra ser refém do teu enlace e dar de vez ao teu destino o ocaso da minha solidão!

 

Eu ignoro a tentação de te fazer comum, posto que meu céu se renovou após te ver pelas estrelas

E dentre tantas que adornam os teatros das alturas, nenhuma delas se compara ao teu fulgor

Agora sou embriagado pelas águas puras das fontes e meus lábios sorvem a carícia das maduras cerejas

Porque já não me sinto metafísico, tampouco empírico ou platônico, lendo o que posso desse amor!

 

Eu me recuso a te encaixar nos pressupostos e prévios conceitos de meu repertório

Porque jamais em tempo algum, poeta algum, conseguiria mensurar as ilimitações de tua luz

Assim procedo pela inutilidade de toda negação, já que a minha rendição é fato notório

Agora faz-se calvário um só dia sem a tua atenção, supor perder o teu amor, é cruz!

 

Eu amo tanto o tempo que me dou pra te lembrar, que abomino perceber qualquer opositor

Até entendo os brados infantis que tentam afirmar o oposto do que diz o nosso mundo

Verdades e mentiras são detalhes, mediante a sentença que nossa reciprocidade já decretou

De que me importam teus anos sem mim, se agora junto a ti, vivo o eterno a cada segundo?

 

Eu vim aqui pra te dizer que a minha voz é quem menos grita o existir do que já sabes

Bem sei que o longe se aproxima, quando me sentes a te chamar no vendaval lá fora

Tu modificaste meu desenho e em tamanha exatidão, com todo teu ser me cabes

Se algum dia eu duvidei que pudesse amar de verdade, que me perdoe o destino, pois me contradigo agora!

 
Reinaldo Ribeiro
 

 

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