"Na paz dos meus conflitos"

19/10/2012 11:35

 

 

 

Deixem-me aqui ouvindo as vozes e o grito que ensurdecem meu silêncio

Dialogando com o que penso, brincando que eu sou o meu juiz condenador

Deixem-me sorrir da dor, secar a lágrima e dar-lhe adeus com o mesmo lenço

Porque assim tão derrotado eu venço tudo que devo ao que meu eu não me cobrou!

 

Posto que aqui nessa cartola não há magia que me imponha a fantasia

Só mesmo a crua em demasia, insanidade que me ajuda a desfocar o fim

Falando mal de mim na cena que dos braços meus fugia

Que seu espinho me traria pra ser o mal benévolo de meu jardim!

 

Ouçam todos os surdos, pois é aos tais que tudo fiz até aqui

Talvez me viram quando não me vi, talvez mentiram com a verdade

Porque há muito que meu pranto faz a sanidade sorrir

Já que seu modo de ao meu coração nutrir é pelo uso da insinceridade !

 

Que faz meu dia ser a noite mais feliz de toda essa tristeza

Que com delicadeza me faz brutal guerreiro que nunca fui

Que nem sequer influi nos segmentos fúteis dessa incompleta  inteireza

E que tem sido banquete e sobremesa na calma guerra que me constitui!

 
Reinaldo Ribeiro

 

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