"Quando amar é tudo"
14/11/2012 16:58
Descansa a minha fuga no divã dessa loucura
Porque nem mesmo a incerteza obtura essa cratera de convicção
Refaço as inteirezas com dissolução, me dilacero com ternura
E aos céus me lanço estando na desembocadura de tua sedução!
E passo a expelir o que me contradigo por osmose
Nessa bendita virose que me bombeia jasmins pelos pulmões
Negando atendimento às deprecações no sal da doce hipnose
Achando nos teus lábios a overdose dessas fascinações!
E o giz dessa promessa não é calcário de frágil fragmentação
É nutriente para a irradiação do sol em tempos de penumbra
O solo é platéia que se deslumbra perante a graça de tua locomoção
E a mais perfeita emoção se dá no meu olhar que te vislumbra!
Louvada seja a transigência que em mim se faz intolerante
A eternidade presa ao instante em que se dá essa sinfônica perfeição
Porque não fosse a tua mão, meu coração seria andarilho errante
Pois sem o teu semblante até o horizonte se torna um espetáculo vão!
Reinaldo Ribeiro