Que tipo de fé é a sua?

26/06/2014 01:41

 

 

“Quem gera a maldade, concebe sofrimento e dá à luz a desilusão. 

Quem cava um buraco e o aprofunda cairá nessa armadilha que fez.

Sua maldade se voltará contra ele;

sua violência cairá sobre a sua própria cabeça.”

(Salmos 7.14-16)

 

 

Nosso relacionamento com Deus, nossa espiritualidade ou nossa atuação na comunidade da fé, devem ser uma jornada de aperfeiçoamento pessoal, de realização da boa obra de Deus em nossas vidas (Filipenses 1.6). Não devemos tornar nossa devoção algo raso, medíocre, uma relação mercantilista com Deus. Não devemos nos aproximar de Deus para “nos dar bem”. Este tipo de relação é uma cilada, nos afasta de Deus enquanto nos ilude com a sensação de que estamos sendo aprovados por Ele. Satanás é o grande arquiteto e mentor desse tipo de fé. E se em nossa fé estamos mais “ganhando” do que “nos tornando”, possivelmente há algo bastante errado nisso tudo!

 

Como diz o salmista em nosso texto base: o que abrigamos em nosso interior, aquilo em que cremos, definirá o fim que alcançaremos. Não podemos nos relacionar com Deus por interesse e esperar que isso nos torne quem Ele deseja. É a manipulação e não a rendição o que guia a fé interesseira. Por isso ela não produz vidas transformadas, apenas pessoas formatadas, que tentam se enquadrar para merecer. Por isso a oração deve visar estar com Deus e não obter algo de Deus. E estar com Deus exige a prática da sinceridade e o desejo de ter uma consciência clara de que tipo de pessoa realmente somos. Pois o “ser” (e não o “ter”) é fundamental e central no cristianismo.

 

No verso 8 deste mesmo salmo, o escritor sagrado pede que Deus o julgue. Nós devemos pedir o mesmo. Não precisamos temer o julgamento de Deus e necessitamos dele. Deus é quem sabe a verdade sobre nós e ainda assim nos ama.  Deus é sincero e Sua sinceridade não é uma ameaça, pois Ele sabe lidar conosco, sabe o que suportamos e jamais fala de nós sem falar de Si mesmo a nós. Enquanto nos confronta, se revela.  E quando se revela, nos abençoa.

 

À medida em que conhecemos a Deus podemos conhecer a nós mesmos e na medida em que nos conhecemos, percebemos a grandeza do amor de Deus. 

 

Sem uma fé sincera, bíblica, humilde, cristocêntrica, arraigada na santidade, assemelhada a Jesus e não ao mundo, fundamentada na sã doutrina dos apóstolos, ficaremos longe de tudo isso e à mercê de todo o trágico destino no qual o moderno cristianismo humanista um dia culminará!