Seja uma Coluna

“Reconhecendo a graça que me fora concedida, Tiago, Pedro e João,

tidos como colunas, estenderam a mão direita a mim

e a Barnabé em sinal de comunhão.

Eles concordaram em que devíamos nos dirigir

aos gentios e eles aos circuncisos.”

(Gálatas 2:9)

Sempre gostei muito do texto de Gálatas 2.9 onde Paulo diz que Tiago, João e Cefas eram considerados as colunas. Havia milhares de crentes, dezenas de presbíteros e diáconos, doze apóstolos e somente três colunas. Sabemos que nenhuma casa se mantém em pé sem as colunas. Nem mesmo a casa de Deus. Basta lembrar que Sansão venceu milhares, apenas derrubando duas colunas.

“Precisa-se de colunas” seria um bom anúncio a ser posto na igreja e em cada departamento. A obra de Deus necessita de colunas, pessoas sem título ou fama, humildes e sinceras, tomando para si essa tarefa.

Há muito que dizer sobre colunas. Gostaria de dizer pelo menos três coisas.

São as colunas que suportam o peso todo

“Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês.”  

(Romanos 12:10)

Muitos gostam de ser carregados, mas não de carregar. Não suportam as falhas dos outros, porém desejam que todos suportem as suas. Colunas foram chamadas para estar em pé e manter tudo que está à sua volta também em pé. A casa de Deus não necessita de gritos, de pulos, de profetas do alvoroço ou de “visões e novidades”. Antes necessita de conciliadores, de mestres sábios, de almas nobres e competentes a ponto de se colocarem na brecha a favor dos mais frágeis e ajuda-los na cainhada da fé. Nenhum irmão deve ser adorado ou idolatrado, mas a igreja precisa de bons exemplos, de figuras inspiradoras, cuja vida é um espelho e um referencial para aqueles que iniciam sua jornada com Cristo e para os que tombaram e precisam reerguer-se.

As colunas ficam paralelas entre si e nunca cruzadas com outras

“O Deus que concede perseverança e ânimo dê a vocês um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus.” 

(Romanos 15:5)

Se não nos alinharmos com outros não poderemos ser colunas. Precisamos ter todos a mesma direção para sermos eficazes como colunas. Minha comunhão e harmonia com outras colunas me ajudarão a cumprir o meu papel. Não há nenhum pecado ou problema com a diversidade de igrejas, mas é grave a iniquidade daqueles que pregam o exclusivismo, que adotam um discurso preconceituoso e excludente para tudo aquilo que não se insira em seus padrões e costumes pessoais. Jesus não fundou nenhuma denominação religiosa e a ninguém foi dada a autoridade para bater no peito e proclamar-se superior aos demais. Somos todos irmãos, se amamos e pregamos a Palavra de Deus e se anunciamos a Cristo como Deus, Senhor e Salvador de todos. Nesse contexto, não há igreja melhor e nem igreja pior. Mas há a possibilidade de ambas trilharem o caminho certo e vitorioso, que é o caminho do amor e da unidade.

A coluna se apoia no alicerce

“Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo.” (I Coríntios 3:11)

A verdadeira coluna esta apoiada em Cristo. Ele é o fundamento de nossa vida. A força, por fim, não está na coluna, mas no alicerce que a sustenta. O Senhor Jesus é nosso fundamento. Nele, tudo suportaremos. Questionável e reprovável é qualquer outro fundamento que seja imposto. A Palavra de Deus é nosso norte, é o horizonte que aponta para a Glória, é o solo firme que suporta os passos do cristão, no qual ele jamais tropeçará ou afundará. Filosofias, visões, revelações, novidades teológicas, não são fundamentos confiáveis. Somente a Bíblia é o nosso alicerce. Somente Jesus é o nosso fundamento.

Seja você também uma coluna. Não um portador de títulos e honras, não um “dono do rebanho”, mas uma coluna, que em último estágio é o grande servo dos demais. E para tal, firme-se no celestial Suporte, alinhe-se, apoie-se no Senhor Jesus!